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Unindo famílias e escolas para cultivar o amor pela leitura desde cedo, com Isis Fernandes
Hoje, no nosso Papo Cabeça, tivemos a oportunidade de conversar com a coordenadora pedagógica Isis Fernandes, mãe de quatro filhos e uma profissional dedicada que está há 24 anos no Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima. Com uma trajetória inspiradora, Isis já atuou em diversas áreas da educação, desde auxiliar de sala da Educação Infantil até professora de História para o Ensino Fundamental. Formada em História e Pedagogia, ela desempenha o papel de coordenadora pedagógica desde 2016, sempre com uma visão apaixonada sobre o impacto da educação no desenvolvimento dos alunos. Ao longo desta entrevista, ela compartilhou suas percepções sobre o incentivo à leitura e a importância da participação das famílias nesse processo.
Quais iniciativas você, como coordenadora, tem implementado para promover a leitura entre crianças e adolescentes, especialmente em um contexto onde o vício em telas está se tornando predominante?
O que nós temos feito aqui no Colégio Agostiniano para promover a leitura? Eu falo especialmente sobre minha área, que é o Ensino Fundamental. Nós temos as professoras regentes, até o quarto ano, que promovem o trabalho com o livro literário escolhido para o período. Além disso, temos uma frequência de idas à biblioteca, para que as crianças possam fazer os empréstimos dos livros, levá-los para casa e lerem sozinhas ou com as famílias. No quinto ano, não temos a professora regente, mas temos a professora de língua portuguesa que realiza essa atividade.
Além do trabalho das regentes e da professora de língua portuguesa, especificamente no quinto ano, temos as professoras de literatura, que não se limitam a trabalhar com o livro literário escolhido para o período. Elas vão além, trazendo outros gêneros. E vemos que isso tem surtido efeito.
Por exemplo, quando uma família entra em contato para perguntar sobre o livro que a professora de literatura trabalhou, porque o filho está em casa entusiasmado querendo que a família adquira o livro para continuar a leitura. Então, quando pensamos em um contexto em que as crianças estão tão envolvidas com telas, ter crianças que se interessam por leitura e por gêneros literários diversificados é motivo de muita alegria para nós. Vamos percebendo, "poxa vida, aquilo em que acreditamos está dando certo". Claro que é um trabalho contínuo, um dia de cada vez, com uma criança interessando-se e contagiando as outras.
As professoras convidam as crianças a irem à frente para contar o que estão lendo. Isso nos dá a sensação de que aquilo em que acreditamos e pelo que temos lutado tanto está dando resultado.
Como a escola pode envolver a comunidade escolar e as famílias na promoção da leitura?
Eu costumo dizer, às vezes, à família, quando ela vem pedindo nossa ajuda: "Meu filho não quer ler, eu preciso da ajuda de vocês." Então, fazemos esse movimento que já comentei anteriormente. As professoras incentivam, através do empréstimo de livros, e da socialização do que eles estão lendo em casa, para compartilhar com os colegas.
Convidamos também, em algumas ocasiões, a família para ler junto o que os filhos estão lendo. Buscamos estratégias para envolver toda a comunidade na promoção da leitura. Por exemplo, quando sabemos de um lançamento de livro, procuramos divulgar e trazer autores para a escola.
Às vezes, recebemos visitas de autores para conversar com nossos alunos. São formas que encontramos aqui para promover a leitura.
De que maneira a conexão emocional com as histórias pode influenciar o prazer de ler das crianças?
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