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Iniciativas Escolares e Familiares Transformam Hábito de Leitura Infantil, com Jordana de Paula
No 4º episódio do Papo Cabeça, contamos com a presença especial de Jordana, coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Lasalle, em Goiânia. Neste episódio, exploramos a importância da leitura no desenvolvimento das crianças e discutimos como integrá-la de forma ativa no ambiente escolar. Em um contexto onde o uso excessivo de telas é cada vez mais comum, Jordana compartilha iniciativas e estratégias para promover o hábito de ler desde cedo, envolvendo tanto os alunos quanto suas famílias, com foco em criar uma cultura de leitura significativa e prazerosa.
Como você acredita que as escolas podem integrar a leitura de maneira mais ativa no cotidiano das crianças para incentivar o hábito de ler desde cedo?
Para entregar a leitura de maneira mais ativa no cotidiano das crianças e incentivar o hábito de ler desde cedo, acredito que a escola deve funcionar como um ambiente onde a leitura esteja profundamente enraizada em seu projeto pedagógico de forma interdisciplinar. Isso significa que a leitura deve ser vista não apenas como uma atividade de uma disciplina específica, como Língua Portuguesa, ou de um momento específico na prática pedagógica, mas como um componente essencial em todas as práticas, independentemente da idade da criança ou da disciplina abordada. Acredito que a leitura deve ser o ponto de partida para a introdução de novos conteúdos, funcionando como uma ponte que conecta diferentes áreas do conhecimento.
Quais iniciativas você, como coordenadora, tem implementado para promover a leitura entre crianças e adolescentes, especialmente em um contexto onde o vício em telas está se tornando predominante?
Para promover a leitura entre crianças, especialmente no cenário atual do uso excessivo e crescente de telas, temos implantado algumas iniciativas focadas em criar um ambiente que valorize a leitura e envolva também a família, como parcerias com as famílias, conscientizando e orientando sobre o equilíbrio do uso de telas e a importância de criar um ambiente de leitura em casa. Organizamos encontros onde discutimos os impactos negativos do uso excessivo de telas e compartilhamos estratégias práticas para incentivar a leitura em casa.
As rodas de conversas reflexivas com as crianças também fazem parte dessa iniciativa. Entendemos que as crianças precisam ser ativamente envolvidas nas reflexões sobre o impacto das telas em suas vidas. Por isso, promovemos rodas de conversa onde discutimos os malefícios do uso excessivo de telas, como a perda de tempo, a diminuição de atividades importantes como a leitura, a interação social e o desenvolvimento da criatividade. Nessas conversas, incentivamos as crianças a falarem sobre suas experiências e a refletirem sobre como equilibrar o uso da tecnologia com outras atividades, incluindo a leitura.
Quando você se depara com uma turma onde a maioria das crianças expressa abertamente que não gosta de ler, você acredita que a falha está onde?
Quando me deparo com uma turma em que a maioria das crianças expressa abertamente que não gosta de ler, acredito que isso pode estar relacionado a vários fatores que precisam ser analisados com cuidado. Não vejo como algo isolado ou um aspecto específico, mas sim como uma combinação de fatores que podem contribuir para a resistência à leitura, como experiências passadas com a leitura: como essas crianças tiveram experiências anteriores? Como foram expostas à leitura? Foi algo obrigatório, tedioso, difícil, sob pressão ou cobrança?
Se a leitura foi introduzida de maneira pouco atraente ou desafiadora demais, os estudantes podem ter desenvolvido uma aversão a ela. A escolha do material de leitura também é relevante: o material oferecido estava alinhado com os interesses das crianças? Foi pertinente à faixa etária? Tinha potencial para engajá-las?
Além disso, o espaço e os professores são fatores importantes. O espaço é propício à leitura? Os professores estão motivados? São eles mesmos leitores? Porque, dificilmente, se a gente não tiver um ambiente propício e professores encantados pela leitura, vamos encantar as crianças. Existe uma conexão emocional das leituras com as crianças? A leitura não está sendo apresentada de maneira que crie uma conexão emocional? As crianças podem não perceber a leitura como uma atividade significativa ou prazerosa se ela não tiver uma conexão emocional. Elas precisam se ver nas histórias, se conectar com os personagens e sentir que a leitura oferece algo valioso para elas.
Isso está acontecendo? A gente tem uma influência do ambiente familiar. O ambiente familiar também desempenha um papel crucial. Se, em casa, a leitura não é incentivada, se há um excesso de tela, sem equilíbrio, por exemplo, a criança pode não desenvolver o hábito ou o interesse de ler. Então, são vários fatores, né? A gente poderia falar de vários outros, mas acho que esses são os mais importantes.
Quais ações concretas sua escola tem implementado para combater a queda na taxa de leitura?
Rodas de leitura com escolha autônoma também fazem parte do nosso projeto, onde as crianças têm a oportunidade de escolher os livros que desejam ler. Essa autonomia na escolha é fundamental para aumentar o interesse e o engajamento delas na leitura. Outra atividade são as tarefas de casa que integram a leitura de maneira significativa, projetadas para mostrar como a leitura é necessária e relevante em diversos contextos.
Além disso, temos as rodas literárias, nas quais as crianças são incentivadas a trazer livros que considerem interessantes e prazerosos para compartilhar com seus colegas. Esses encontros são momentos de celebração da leitura, onde a criança tem a oportunidade de apresentar suas leituras favoritas, discutir os temas abordados e até mesmo criar conexões com outras literaturas, dentro de um ambiente escolar que valorize a leitura.
Para além dessas ações específicas, temos trabalhado para transformar a escola em um ambiente que valorize e promova a literatura de forma constante, incluindo a criação de cantinhos de leitura em todas as salas, a organização de eventos literários como nossa feira de literatura, contações de histórias, e a integração da literatura em todas as disciplinas, de modo que os alunos percebam a literatura como uma ferramenta essencial em todas as áreas do conhecimento.
Promover a leitura entre as crianças exige uma abordagem abrangente que envolve tanto a escola quanto o ambiente familiar. Com estratégias que integram a leitura de maneira transversal no currículo escolar, aliadas a iniciativas que estimulam o prazer de ler e à conscientização sobre o uso equilibrado das telas, é possível transformar a resistência à leitura em um hábito prazeroso e significativo. Ao criar espaços propícios para a leitura e preparar professores motivados, as escolas podem desempenhar um papel crucial na formação de novos leitores e no desenvolvimento de uma cultura literária duradoura.
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